segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Inspira-me.

Se pudesse ou soubesse, se assim o devo fazer, escrever ou dizer. Se pudesse ou soubesse , reconhecer este(s) estado(s), de infinitas resoluções. Se pudesse ou soubesse, dizer o que sinto, receio ou paixão. Se pudesse, talvez soubesse. Se pudesse, procuraria saber. Se reflicto é porque penso. E se penso, é porque sinto.

Se sinto, é porque te sinto. Porque tu é que me fazes sentir.

Se assim estou, é porque deixei que entrasses no meu ser, deixei que cá entrasse um pedaço de alma, que corria com o vento. Esse vento chamou-me. Cativou-me. Assombrou-me também. Mas acima de tudo, ajudou-me. A descobrir (te).

Se pudesse ou soubesse como seria ter continuado a viver, sem esse pedaço de alma.. Sim, sem ele, que me cegou toda a beleza do que se escondia lá fora.

Lá fora, lá onde? Por aí. Mas parti. Deixei. Só que unicamente num sentido. Deixei o negrume, deixei tudo, menos o vento, porque esse é o meu guia. Soprando de Norte ou de Sul, será o único a arrepiar-me os sentidos, a fazer-me respirar.

Mas tu. Tu, não vás. Não deves ir. Penso não conseguir deixa-lo. Se vais, todo o ar puro vai contigo, bem como o fogo. Bem como todas as delicadezas do (meu) sorriso também.
E nunca voltarei a estar completa sem esse sorriso. 

Quando ele desvanece, perante o meu olhar insaciado, cercado de um muro de mil dores distintas (fortes, porém, incompreensíveis) parte isto tudo também. O sorriso. A luz (a tua luz), ou as letras. A escrita. Não sobre o sorriso, mas sobre ele. O Amor.

domingo, 13 de fevereiro de 2011