sábado, 14 de maio de 2011

Penso (me)

Olhando para o passado, tapo os olhos ao presente
Fujo, presa em mim mesma, ao futuro


Acorda.


O passado torna o passado, naquilo em que realmente é
Pequenos fragmentos e ficam só as recordações. 
Algumas boas, outras más.


E aquilo de que não me apercebo é que,
muitas das pessoas em que penso
Não merecem sequer que olhe para trás.


Não merecem que seja acorrentada
Em mil correntes, mil sensações
E afogada, desesperada
Em milhares de fotografias
Daquilo que são apenas, imagens, pequenas ilusões.


Apercebe-te.


De que o tempo não volta atrás,
Muitos menos eles voltam
O sentimento volta.
Os momentos voltam.
Apercebe-te. Vivemos numa passagem, de barcos que vão e vêm.


Mas o nosso deverá ir sempre avante
Quebrando fronteiras
Mesmo que uns fiquem perdidos nas profundas profundezas
Do maior oceano do ser humano,
Ondas traiçoeiras.


A memória.

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