segunda-feira, 30 de maio de 2011

A R T E ?

"A arte contemporânea dá aos artistas liberdade criativa e põe-lhes à disposição recursos materiais imensamente variados. Os caminhos a seguir são múltiplos e as inquietações mais profundas. A Arte Contemporânea não trabalha apenas com objectos concretos mas principalmente com conceitos e atitudes. Agora, reflectir sobre a obra de arte é muito mais importante do que a própria obra de arte em si, que já não é o objecto final, mas sim um instrumento de expressão pessoal, para que o público possa reflectir sobre os conteúdos implícitos do seu próprio quotidiano, sobre a sociedade e sobre as velozes transformações que hoje se vivenciam no mundo actual."
A arte contemporânea sempre gerou, gera e vai continuar a gerar polémica, porque de certo modo quebrou cânones, o que nos faz questionar o que pode na realidade ser considerado arte. 
Diversas teorias da arte no campo da filosofia tentaram justificar ao longo e conforme os tempos o que seria arte. Arte como imitação, como expressão, como transfiguração da realidade, como símbolo, como pura forma, arte pela arte. Todos estes conceitos até podem ser bem aplicados a uma época da história, mas nunca como a única definição de arte. A função e, consequentemente a definição de arte, foram variando conforme as prioridades e reflexões das sociedades da história da humanidade, o que me leva a considerar que, directa ou indirectamente, a arte é simplesmente uma complexa forma de expressão, necessária ao Homem desde sempre.

Desde sempre o artista foi um instrumento para expressar algo: o auge da beleza, glorificação de instituições políticas, religiosas ou militares, libertação de frustrações, refúgio da mente do próprio artista, um modo de passar mensagens à sociedade, um modo de criticar algo ou transmitir sensações ao público, uma necessidade de mudança. A arte pode ter mil propósitos e mil definições perdidas, mas para mim a arte é tão simples quanto expressão, do artista ou expressão de uma época, utilizando precisamente o artista para isso, porque mesmo nestes casos, indirectamente, o criador da obra de arte acaba sempre por pôr um pouco de si no que é a sua criação.
O que é a arte para mim? E para ti? E para os outros? Não importa, porque todos a vemos, e sentimos de modo diferente.
Mas o mais importante é ninguém se deixar cingir por um simples conceito, por muito que concorde ou discorde, até porque a arte não abrange só as artes plásticas. A arte é muito. E a arte é para ser apreciada, ou numa simples experiência estética ou numa reflexão mais profunda. Numa interpretação muito própria, muito única. A arte é para agradar a uns e desagradar a outros. Para transmitir certos sentimentos. De repúdio ou de alegria. Seja ao autor, ou ao público. Para marcar a história do tempo, seja glorificando-a, seja criticando-a. E para marcar a história, os sentimentos, a alma de alguém, o artista, que é sempre o criador que expressa e vai sempre deixando nas suas obras um pedaço de si, seja qual for a época histórica, o movimento artístico, ou modo de expressão. E esse pedaço de si vai no final marcar a alma de outro artista: o observador sublime. Que somos todos nós.


(Conclusão do trabalho de Filosofia sobre Arte Contemporânea)

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