sábado, 14 de maio de 2011

São fases.

Por vezes penso. Sim, porque até penso. Que já não me corre nas veias.
Será que alguma vez correu?
"Não põe nada no seu blogue há muito tempo"
Desde quando é que ponho? Também é verdade que nunca me habituei muito a um blogue. Mas ainda mais verdade é que me deixo perder no meio de uma vida (demasiado) preenchida, quando ainda nem tenho idade para saber o que isso é. Ando exausta. Não consigo ler muito, muito menos escrever. 
Tenho saudades disso também. Quando antes, o tempo se arranjava sempre. Nem que se comprasse o tempo. E quando antes a escrita era uma necessidade mórbida. De descarregar frustrações. Era quase constante , diário. Talvez essas coisas se percam. E se escondam, pois eu não sei onde estão. Ou talvez sejam "fases". Em contrapartida também ando a desenhar mais... Sim, talvez seja uma "fase". Todos passamos por "fases". Todos adoramos utilizar a desculpa "fases" para justificar algo em nós que não conseguimos justificar de outra maneira. "Ah, são fases". E se uma fase for uma vida? Ou duas? Aí deixam de ser fases? Ou ficamos nessa "fase" uma passagem inteira? 
Não, não são fases. Talvez seja da crise, já não consigo comprar o tempo. Ou talvez seja de outra crise, uma cá dentro. O que nem faz sentido, tirando a exaustão. Crise também é uma boa desculpa. Na verdade, nada deveria ser desculpa. Provavelmente aproveitarei as férias para reanimar e voltar ao mundo real. Sim, porque isto faz parte do (meu) mundo real. Sair da cama, e vir escrever. Escrever , escrever, escrever, em noites intermináveis de sonhos perdidos. Talvez até volte a comprar o tempo. Penso arranjar um "trabalhinho" este verão. Ou talvez não aconteça nada disto e eu continue a dormir. 
Tudo depende se o despertador toca ou não. A horas. A horas de continuar a correr aqui dentro,  mesmo que esteja adormecido, acordar sempre a tempo (àquele tempo comprado) de voltar a acordar. E a viver. Em mim. 

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